Faculdade de Educação Física e Desporto (FEFD)
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Explorar Faculdade de Educação Física e Desporto (FEFD) por Supervisor "Daca, Timóteo"
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Documento A Autopercepção Subjectiva do Estado de Saúde dos Participantes e não Participantes do programa Envelhecer com Saúde na Cidade de Maputo(2021) Naete, Ricardo da Costa; Daca, TimóteoINTRODUÇÃO: A percepção do estado de saúde das populações adultas e idosas tem importância científica, não só para identificar a presença dos sinais e sintomas mais salientes de distúrbios, mas também para perceber como a actividade física (AF) regular ajuda a melhorar os processos cognitivos de bem-estar físico, mental e social. A autopercepção do estado de saúde dos adultos e idosos em programas de AF ainda é desconhecida em Moçambique, primeiro, por escassez de estudos e segundo pela complexidade do seu entendimento e avaliação. OBJECTIVO: avaliar comparativamente a autopercepção do estado de saúde dos participantes (GEx) e não participantes (GnEx) do Programa “Envelhecer com Saúde” em curso na Faculdade de Educação Física e Desportos a mais de 10 anos de existência na Cidade de Maputo. MÉTODOS: Foram seleccionados por conveniência cerca de 181 adultas e idosas (57,9±6,7 anos de idade), sendo 113 (60,7±6,7 anos de idade) participantes (GEx) e 68 (55,3±3,5 anos de idade) não participantes (GnEx) do Programa “Envelhecer com Saúde”. O questionário de autopercepção subjectiva do estado de saúde (QPS) elaborado por John Ware em 1976 foi o instrumento de medida utilizado no presente estudo. O QPS apresenta 33 itens dos quais 27 itens formam seis subscalas, a saber: (1) Saúde Actual (SA) com 9 itens; (2) Saúde Passada (SP) com 3 itens; (3) Perspectivas de Saúde (PS) com 4 itens; (4) Resistência a Doença (RD) com 4 itens; (5) Preocupação com a Saúde (PS) com 5 itens; (6) Orientação da Doença (OD) com 2 itens. Antes do estudo propriamnete dito, o QPS passou por um teste de consistência interna, no qual 20 adultos e idosos (10 GEx e 10 GnEx), participaram no teste e reteste com intervalo de uma semana. O alfa (α) de Cronbach foi estimado para verificar a consistência interna do QPS enquanto o teste de Wilcoxon (W) foi utilizado para a comparação entre os GEx e o GnEx. Todos os presupostos estatísticos obedeceram ao intervalo de confiança (IC) de 95% processados no pacote estatístico SPSS versão 22.0. RESULTADOS: O teste e reteste indicou elevada concistência interna do QPS testemunhado pelo valor de Alfa de Cronbach que esteve acima de 0.080 considerado mais que perfeita: (1) Saúde Actual (0,976); (2) Saúde Passada (1,000); (3) Perspectivas de Saúde (0,996); (4) Resistência a Doença (0,997); (5) Preocupação com a Saúde (0,991); (6) Orientação da Doença (0,987). A comparação entre os grupos indicou que o GEx apresentou melhores escores do QPS do que o GnEx em todas as dimensões; a saber; SA (39.6 ± 4.1 & 17.4 ± 9.8; p= 0.001); SP (10.7 ± 2.9 & 5.5 ± 2.4; p= 0.001); PS (18.4 ± 1,6 & 8.2 ± 5.6; p= 0.001); RD (16.7 ± 2.5 & 8.2 ± 5.6; p=0.001); PcS (18.7 ± 3.4 & 9.8 ± 4.9; p=0,001); OD (7,6 ± 2.2 & 3.5 ± 1.2; p= 0.001); RnD (25.6 ± 8.7 & 13.0 ± 7.7; p= 0.001), respectivamente. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que o programa de AF pode estar a contribuir para a autopercepção subjectiva positiva do estado de saúde dos participantes.Documento Estudo do Crescimento Somático, Composição Corporal, Actividade Física Habitual e Aptidão Física das Crianças e Jovens em Idade Escolar Residentes na Ilha de Inhaca(2020) Nhaca, Gomes Agostinho; Daca, TimóteoINTRODUÇÃO: O projecto Variabilidade Biológica Humana (VBH) em Moçambique teve início na década 90 e os seus estudos de tendência secular sugerem que há influência genética e ambiental na explicativa do padrão do crescimento somático, actividade física habitual e aptidão física ns parte continental de Moçambique, faltando estudar a população moçambicana que vive nas ilhas. OBJECTIVO: avaliar e interpretar o estado do crescimento somático, actividade física habitual e aptidão física das crianças e jovens em idade escolar residentes na Ilha de Inhaca. MÉTODOS: O estudo abrangeu 740 crianças e jovens (378 meninos e 362 meninas) dos 6 aos 17 anos de idade. A avaliação compreendeu a antropometria, composição corporal, actividade física habitual e aptidão física. A ANOVA one-way foi utilizada para comparar as médias em função de sexo e idade, das crianças e jovens residentes de Inhaca. A ANCOVA, tendo a idade como covariável, foi utilizada para comparar os resultados dos estudos das amostras de Calanga e Maputo com os de Inhaca (2019). A análise de dados foi realizada no pacote estatístico SPSS versão 22.0 com intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: As meninas apresentam maiores valores médios na maioria dos indicadores do crescimento somático e da composição corporal (p=0,001), à excepção da estatura e perímetro da cintura. Na Actividade física habitual as meninas apresentam maior coeficiente da actividade total em relação aos meninos (p=0.001). Na Aptidão física, os meninos superaram as meninas em todas as provas (p=0.001), à excepção da prova de flexibilidade. Na comparação entre a ilha e o continente, as crianças de Inhaca apresentam valores médios superiores do crescimento somático em relação a Calanga e menor em relação a Maputo (p=0.001). Na aptidão física as crianças de Inhaca superam os seus pares de Calanga na força abdominal (p=0.001) e na força dos membros superiores (p=0.001). Em relação a Maputo, a amostra de Inhaca apresenta melhores resultados na aptidão cardiorrespiratória (p=0.001). Na actividade física habitual a amostra de Inhaca apresenta coeficiente de actividade total superior aos seus pares da parte continental em ambos os sexos (p=0.001). CONCLUSÃO: Os resultados do estudo indicam que a população infantil e juvenil da Ilha de Inhaca apresenta características específicas e relevantes no crescimento, aptidão física e actividade física sugerindo um forte impacto ambiental nestes domínios.Documento Modelação Hierárquica Interdiscursiva dos Treinadores, no Final do Jogo, nas Modalidades de Futebol e Basquetebol em Moçambique(2023) Oliveira, Daniel Manuel; Daca, TimóteoINTRODUÇÃO: O interdiscurso formulado pelos treinadores das modalidades desportivas é objecto de reflexão sistematizada, não apenas para atender ao acto de comunicar sobre o sucedido durante o jogo, mas também de preparar a sua equipa para as futuras sessões de treino. A comunicação tem sido alimentada também por momentos de reflexão das acções apresentadas pelos seus jogadores durante o jogo, não obstante o treinador ter um tempo muito restrito de fazer uma leitura rápida no final do jogo. O estudo desta temática, no campo desportivo, está na sua fase inicial. OBJECTIVO: O objectivo do presente estudo foi de analisar o interdiscurso dos treinadores, no final do jogo, de Futebol e de Basquetebol nas competições desportivas em Moçambique. MÉTODOS: foram auscultadas 78 entrevistas do final do jogo dos treinadores de Futebol e de Basquetebol disponíveis na base de dados da Radio Moçambique. As entrevistas foram realizadas entre 2017 a 2022. A ficha de auscultação do interdiscurso dos treinadores foi preenchida por dois investigadores na qual as variáveis independentes foram pontuadas tendo em conta o nível de frequência dos aspectos táctico, técnico, físico, mental, social, emocional e arbitragem, sendo de menos frequente (1) a mais frequente (5). Os dados foram processados e analisados utilizando o teste estatístico de Qui quadrado com 95 % de intervalo de confiança. As comparações foram realizadas em função do nível de formação académica dos treinadores, tipo de competição, resultados e responsabilidade do jogo. RESULTADOS: os principais resultados indicam que os aspectos interdiscursivos mais incluídos no discurso dos treinadores são de domínio táctico, técnico, físico e mental relativamente ao social, emocional e de arbitragem. Os anfitriões apenas superam nos aspectos emocionais em detrimento dos visitantes. Os vencedores apresentaram mais aspectos técnicos e mentais enquanto os derrotados incluíram mais aspectos físicos nos seus discursos. Os que empataram abordaram mais aspectos táticos do jogo. Os da primeira divisão incluíram no seu interdiscurso mais aspectos tácticos, físicos e emocionais o que difere dos da segunda divisão, mais para aspectos técnicos, mentais e sociais. Os de nível de escolaridade superior incluem mais aspectos tácticos diferentemente dos menos escolarizados. A similaridade interdiscursiva entre os treinadores foi observada nos aspectos técnicos e emocionais. CONCLUSÃO: O interdiscurso dos treinadores, no final do jogo, de Futebol e de Basquetebol nas competições desportivas foram modelados por modalidade desportiva, formação académica, tipo de competição, resultado do jogo e responsabilidade do jogo.Documento O uso da Demonstração no processo da Instrução das Habilidades Motoras da Dança Tradicional Mutxongoio para crianças e jovens da Província de Manica, Distrito de Mossurize(2023) Simango, Paulo Ussore; Daca, TimóteoINTRODUÇÃO: A Dança Tradicional Mutxongoio é uma manifestação lúdica, recreativa e de lazer que exalta e preserva os valores da solidariedade, colaboração participativa e consciência social, na qual o processo de instrução tem recorrido ao uso da Demostração como factor de aprendizagem pouco sistematizados. OBJECTIVOS: Descrever e interpretar o uso da Demonstração no processo de instrução da Dança Tradicional Mutxongoio, envolvendo crianças em idade escolar do Distrito de Mossurize na Província de Manica. MÉTODOS: Foram observadas e filmadas 10 aulas de instrução da Dança Mutxongoio que tiverem lugar nos campos abertos e polivalente das comunidades do distrito de Mossurize. As fichas de observação foram utilizadas nas aulas de forma presencial e posteriormente analisadas no laboratório. Os indicadores da Demonstração observados foram (1) Momento da sua utilização; (2) Quantidade e Qualidade; (3) Duração; (4), Foco; (5) Tipo e (6) Competência motora. Os dados foram descritos em frequência relativa, sendo tabulados de forma cruzada para a comparação entre os tipos de Demonstração. O teste de Qui-Quadrado (X2) foi aplicado na comparação com recuso ao pacote estatístico SPSS.22 com 95% de intervalo de confiança. RESULTADOS: Os resultados indicaram que a Demonstração mais a Instrução Verbal (90%) e o uso de Vídeos (10%) são os factores de aprendizagem utilizados na instrução da Dança Mutxongoio nas crianças iniciantes. O instrutor/professor foi o principal modelo da Demonstração, sendo apresentado na parte inicial da aula (60%) relativamente a parte principal (40 %). A Demonstração foi oferecida mais sem a presença do erro detetado (70%), de 5 minutos de duração (50%), oferecido mais de 5 vezes (80%) uma só aula. A preocupação do modelo em oferecer a Demonstração foi para a correção da técnica de execução (70%) em detrimento dos aspectos gerais do movimento (30%), ligados a coordenação motora, rítmo (60%), sincronização dos movimentos dos pés com elevada precisão (60%). Adicionalmente, a Demonstração mais a instrução verbal superou o uso de Vídeo ao ser apresentado menos de 5 minutos, menos de 5 vezes, precisão moderada da coordenação motora logo que o erro tenha sido detectado. CONCLUSÃO: O processo de instrução da Dança Mutxongoio usa a Demonstração mais a Instrução Verbal para ensinar movimentos sincronizados da coordenação motora dos pés com precisão moderada nas crianças principiantes.Documento Transporte Activo e o Nível de Actividade Física das Crianças dos 10 a 12 anos de idade residentes nas zonas urbanas, periurbana e rural da Cidade e Província de Maputo(2021) Tchonga, Francisco Almeida; Daca, TimóteoINTRODUÇÃO: O transporte activo (TA) relacionado ao nível de actividade física (NAF) das crianças residentes na cidade e Província de Maputo continua sendo desconhecido pela escassez de estudos. Objectivo: Descrever o uso do TA e os NAF das crianças de 10 a 12 anos de idade residentes nas zonas urbanas, periurbana e rurais da Cidade e Província de Maputo. METODOLOGIA: Foram avaliadas 802 crianças, Rapazes (42,8%) e Raparigas (57,2%) dos 10 aos 12 anos com média de idade de 11,08±0.94, todos residentes nas zonas Urbana (32,4%); Periurbana (37,5%) e Rural (30,0%). Foram avaliadas variáveis sociodemográficas (idade, sexo, zona de residência), NAF (número de passos, AFMV) e TA (caminhada, transporte escolar, carro pessoal, motorizada e bicicleta). O one-way ANOVA e o Qui-quadrado foram utilizados para análise dos dados, com recurso ao SPSS versão 22, obedecendo 95% de intervalo de confiança. RESULTADOS: Os resultados demostram que as crianças utilizam mais a caminhada do que o transporte escolar para se deslocar de casa para escola vice-versa. Não foram encontradas crianças que usam o carro pessoal, motorizada, bicicleta como meio de deslocação para o mesmo trajecto. Adicionalmente, o NAF destas crianças foi considerado baixo nos dois indicadores de número de passos e da intensidade de AFMV, independentemente do género. Os rapazes que caminham de casa para a escola, e vice-versa, realizaram mais passos (14979±5957 vs 12805±7174, p=0.003) e apresentam melhor tempo de AFMV (17.6±9.0 vs 14.0±8.5, p=0.001) do que os que vão de transporte escolar. Tendências destes resultados foram também observados nas raparigas que que caminham (11619±5006 vs 10025±4292, p=0.001) e o tempo de AFMV (12.9±7.4 vs 10.1±6.5, p=0.001), não foram observadas diferenças estatísticas significativas entre os rapazes e as raparigas em todas comparações realizadas. CONCLUSÃO: As crianças em idade escolar usam mais a caminhada do que o transporte escolar, não obstante o número de passos e os níveis da intensidade de actividade física moderada a vigorosa serem reactivamente baixos segundo as recomendações para promoção de saúde.